tattoos

Thursday, November 3, 2011

Uma máquina de fumaça de seis cilindros e 4.400 cm³



Acredito que em todos os projetos automotivos o proprietário sempre para por alguns instantes e se pergunta: “será que não estou salgando carne podre?” Precisamos errar para aprender, mas às vezes errar uma vez só não é o suficiente. Os caminhos para o sonho de Julio Oliveira foram longos e cansativos até chegar onde está hoje. Após desfazer-se de dois Opalas podres, Julio enfim encontrou o exemplar que seria o realizador de seus sonhos: um cupê ’78.



O carro foi completamente desmontado, reparado, deixado à lata e pintado em sua cor original. Após dois anos e com a carcaça pronta, o antigo quatro cilindros deu adeus para a chegada de um seis cilindros em linha que receberia uma boa dose de preparação aspirada para rodar forte e confiável, tudo a cargo do preparador Júnior, da Rápidos Preparações, localizada em Limeira/SP.

A ideia começou com um carburador DFV 446 e um comando mais bravo, mas incentivado por seu sogro (o velho tem oito Mavericks dentre preparados e originais) e sob a batuta de seu preparador, Julio foi aceitando a idéia de montar o carro aspirado e injetado.



No bloco do motor apenas o virabrequim continuou original (com curso de 89,7 mm). As bielas passavam para 6″ e os pistões para 4″, elevando a cilindrada total para 4.4oo cm³ de deslocamento. O cabeçote GM 586 foi completamente otimizado com o polimento interno e trabalho nas sedes das válvulas feito com maestria pelo Salsa da Auto Plus.

O comando é um Iskyderian de graduação não revelada pelo preparador – afinal, todos tem seus segredos – e conta com válvulas de admissão de 2,02″ e escape de 1,60″. A parte de cima foi lacrada com uma junta Fel-Pro e a taxa de compressão ficou em 15,0:1, permitindo assim passeios tranquilos graças ao acerto da injeção eletrônica.



O sistema de alimentação foi completamente modificado para a adoção da injeção eletrônica. Agora conta com seis borboletas de 40mm com cornetas cromadas para a admissão – filtro de ar é luxo. O coletor sofreu um pequeno trabalho para a instalação dos bicos de combustível que recebem álcool pela flauta de inox. Para não haver falta de combustível mesmo nas aceleradas mais fortes, um cach tank foi criado para manter as três bombas de combustível Bosch sempre bem alimentadas.



A ignição dá-se por um módulo Spark Pro da FuelTech e trabalha com uma bobina Mallory ProMaster e distribuidor do tipo Hall, além de cabos de velas MSD de 8,8 mm e velas NGK. Todo o acerto do motor é feito por mapas montados no módulo de injeção FuelTech RacePro 1Fi. Com esta configuração o Opala ’78 de Julio rendeu 358cv com um torque de 40 Kgfm. Bendita injeção eletrônica!



Quem tem de dar conta de toda a cavalaria é uma embreagem com discos de cerâmica da Displatô que transfere toda a carga para um diferencial Dana 44, controlado por câmbio de quatro marchas de Dodge. Quando a alquimia acontece, quem sofre mesmo são os pneus Yokohama Radial 352 de medidas 235/60-15″ instalados na traseira, que viram fumaça em questão de segundos.



A dianteira recebeu pneus 195/60-15″ e as borrachas foram montadas em rodas de Opala ’92 que escondem os freios a disco nas quatro rodas.



O interior ganhou os manômetros de óleo, combustível e água da ODG instalados logo abaixo do painel. Da mesma marca veio também um tacômetro Race Tach da ODG de 5″ montado sobre o painel, logo acima dos hallmeters e do módulo de injeção da FuelTech. Bancos, forrações, manoplas e volante (mui belo) permanecem originais.



Um ótimo carro para fazer uma preza com o sogro nos finais de semana. As patroas é que não devem ficar muito tranquilas a cada despedida regada à fumaça de pneus e cheiro de combustível.



Fonte: jalopnik

Disponível no(a):http://www.jalopnik.com.br

No comments:

Post a Comment

 

blogger templates | Blogger