Retoques, equipamentos e motor flex são apostas contra a concorrência
Diogo de Oliveira, de Bento Gonçalves (RS)
Frente evidencia a nova grade frontal e os faróis levemente redesenhados; entrada no capô também é nova
Lanternas ganharam novas seções de luz, mas desenho praticamente não mudou em relação ao anterior
Lanternas da SW4 são a maior novidade estética
Mesmo assim, não espere uma revolução: a peça é bem parecida com a anterior, exceto pelo novo sistema de som, finalmente mais moderno e condizente com a categoria de ambos. Agora, Hilux e SW4 têm som de melhor qualidade, com tela de LCD sensível ao toque embutida no console. Há conexão Bluetooth para gadgets (como smartphones), câmera de ré e entradas USB e auxiliar.
Faróis do utilitário esportivo estão mais afilados que antes e espelhos laterais ganharam repetidores de luz
A principal novidade da linha 2012 de Hilux e SW4 é (sem dúvida) o motor 2.7 litros VVT-i flex. Este bloco é uma adaptação do antigo 2.7 VVT-i a gasolina – a potência com o combustível fóssil inclusive é a mesma. São 158 cv com gasolina e 163 cv com etanol aos 5.000 rpm, e um torque interessante de 25 kgfm aos 3.800 giros. Os câmbios também são os mesmos de antes: o manual de cinco marchas ou o automático de quatro velocidades.
O maior detalhe, porém, é que as versões flex ainda não estão prontas. Os modelos só estarão disponíveis nas lojas brasileiras da Toyota a partir de fevereiro de 2012, data que praticamente coincide com as estréias das novas S10 e Ranger. Mas a fatia flex do mercado de picapes é o que mais importa. Segundo os cálculos da montadora, 30% do segmento é bicombustível, enquanto os 70% restantes são das versões diesel turbo.
Interior parece todo novo, mas o console central é que foi mais modificado, para receber o novo som
Aliás, a versão topo de linha ganhou uma configuração ainda mais recheada. O novo pacote resultou na sigla “SRV Top”, exclusiva da picape Hilux e que passa a oferecer controles eletronicos de estabilidade e de tração, além de airbags laterais e de cortina. Para a SW4, além dos itens a Toyota anunciou o retorno da versão com cinco lugares, fora de oferta há alguns anos. De modo geral, a proposta foi melhorar a relação custo/benefício.
A Toyota não mexeu nas motorizações diesel turbo e nos câmbios; motor flex só chega em 2012
Nesse primeiro contato com as novas Hilux e SW4, nossa intenção era testar o novo motor 2.7 VVT-i Flex (preferencialmente com etanol no tanque). Porém, a Toyota expôs apenas um protótipo da versão bicombustível. Senso assim, restou experimentar a “nova” versão SRV Top, agora mais recheada de equipamentos importantes, porém sem qualquer modificação mecânica em relação ao modelo anterior.
Na prática, o que experimentamos foi o novo sistema de som com a tela de LCD sensível ao toque integrada ao painel. E o item nos surpreendeu pela facilidade de operação. Imediatamente ao acionar a marcha ré, o visor exibe a imagem da câmera traseira e sua qualidade e amplitude de fato tornam esse tipo de manobra bem mais fácil de ser executado pelo motorista. E como a traseira é alta, ainda contribui para a segurança.
Tela sensível ao toque é simples de operar
Em movimento, o motor 3.0 diesel turbo se mostrou robusto como antes. Só nas retomadas o bloco demora a embalar as quase duas toneladas da Hilux. Na pista de terra, a caixa de reduzida e a tração 4X4 fazem toda diferença, assim como o torque de 35 kmgf. Em termos de conforto, o motor é bastante ruidoso, mas há espaço de sobra na cabine. Já o acabamento não chega a impressionar, mas agrada. A Toyota espera emplacar 40 mil unidades da Hilux e mais 10 mil unidades da SW4 em 2012 com essa atualização. Se depender da tradição que os modelos têm, a meta é bem possível.
Fonte: revistaautoesporte
Disponível no(a):http://revistaautoesporte.globo.com/
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