Redação AB
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Sondagem realizada pela agência de varejo automotivo MSantos na primeira quinzena de setembro, com 16 concessionárias da Grande São Paulo, mostra que nos últimos três meses houve redução em torno de 30% no movimento de consumidores. “As medidas macroprudenciais anunciadas em dezembro de 2010 tornaram o crédito mais caro e começaram a impactar o mercado a partir do segundo semestre deste ano. Esse movimento foi agravado pela intensificação da crise internacional, que provocou maior preocupação dos agentes financeiros, hoje extremamente rigorosos na aprovação de financiamentos”, avalia Ayrton Fontes, economista da MSantos. Segundo levantamento da agência feito em agosto, estão cada vez maiores as exigências para aprovação dos financiamentos: de cada 100 solicitações, só 38 foram aceitas, contra 70 em igual período de 2010. “A dificuldade é maior para consumidores de renda mais baixa advindos da nova classe média emergente”, diz Fontes.
Com isso, essa camada da população foi empurrada para fora do mercado de carros zero-quilômetro, especialmente aqueles que estavam comprando os modelos 1.0 mais baratos por meio de planos longos e sem entrada. “Essa modalidade praticamente sumiu. Os bancos estão solicitando entrada de 20% a 40% para aprovação de planos de até 60 meses. E as taxas, em média, são de 2,5% ao mês para quem não dá entrada e de 1,4% para quem pode adiantar 40% do valor a ser financiado”, conta o economista.
As dificuldades do crédito começam a se mostrar claramente no ritmo do mercado, que já mostra desaceleração. Considerando só as vendas automóveis, justamente o segmento onde estão os clientes recusados pelas financeiras, na primeira quinzena de setembro os emplacamentos de 110,3 mil veículos significaram recuo de 2,5%, em comparação com os primeiros quinze dias de agosto.O número seria bem pior se não fossem as vendas a pessoas jurídicas, principalmente locadoras. Em agosto, segundo Fontes, mais de 25% dos emplacamentos de automóveis foram realizados por empresas, porcentual que sobe para 43% no caso de comerciais leves.
O economista também avalia que o potencial de endividamento pode estar perto do limite. Ele lembra do Relatório de Estabilidade Financeira divulgado pelo Banco Central no último dia 20, que aponta índice de 21,1% de renda comprometida dos consumidores para pagamento de dívidas, ante 19% no mesmo período de 2010. “Isso porque foi mudada a metodologia do BC. Pelo critério anterior o porcentual ficaria acima de 26%, próximo dos 30%, sinal vermelho para limite de endividamento no País”, pondera.
Com isso, essa camada da população foi empurrada para fora do mercado de carros zero-quilômetro, especialmente aqueles que estavam comprando os modelos 1.0 mais baratos por meio de planos longos e sem entrada. “Essa modalidade praticamente sumiu. Os bancos estão solicitando entrada de 20% a 40% para aprovação de planos de até 60 meses. E as taxas, em média, são de 2,5% ao mês para quem não dá entrada e de 1,4% para quem pode adiantar 40% do valor a ser financiado”, conta o economista.
As dificuldades do crédito começam a se mostrar claramente no ritmo do mercado, que já mostra desaceleração. Considerando só as vendas automóveis, justamente o segmento onde estão os clientes recusados pelas financeiras, na primeira quinzena de setembro os emplacamentos de 110,3 mil veículos significaram recuo de 2,5%, em comparação com os primeiros quinze dias de agosto.O número seria bem pior se não fossem as vendas a pessoas jurídicas, principalmente locadoras. Em agosto, segundo Fontes, mais de 25% dos emplacamentos de automóveis foram realizados por empresas, porcentual que sobe para 43% no caso de comerciais leves.
O economista também avalia que o potencial de endividamento pode estar perto do limite. Ele lembra do Relatório de Estabilidade Financeira divulgado pelo Banco Central no último dia 20, que aponta índice de 21,1% de renda comprometida dos consumidores para pagamento de dívidas, ante 19% no mesmo período de 2010. “Isso porque foi mudada a metodologia do BC. Pelo critério anterior o porcentual ficaria acima de 26%, próximo dos 30%, sinal vermelho para limite de endividamento no País”, pondera.
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