A SAE Brasil 2011, representa o início de uma nova era para o conceito de alimentação de motores a combustão no Brasil. Essa tendência acompanha o que ocorre no mundo, na luta pela redução das emissões de CO2, por intermédio da turboalimentação dos motores.Essa é a opinião de José Rubens Vicari, diretor-geral da Honeywell Turbo Technologies, fabricante de turbos Garrett, empresa que apresentará algumas das tecnologias desenvolvidas para ajudar os fabricantes de motores a diesel do Brasil a atender aos novos parâmetros da legislação PROCONVE P7. A empresa mostrará também tecnologias destinadas a motores a gasolina, flex e a diesel que deverão ser produzidos no Brasil nos próximos anos.
O executivo reforça a tendência que passou a vigorar nos últimos anos dizendo que o Brasil, até agora suprido com a tecnologia de turboalimentação para motores a diesel de veículos comerciais e máquinas agrícolas, passará a acompanhar os programas das montadoras com a oferta de soluções flex, que considera o caminho natural em relação ao que as matrizes têm feito em outras regiões do mundo.Vicari salienta que o Salão de Frankfurt, recentemente encerrado na Alemanha, confirmou que esta é a década do turbo para a indústria automobilística, com as indicações de que 75% dos novos automóveis apresentados na exposição eram modelos equipados com sistemas de turboalimentação de motores.Outra indicação de Vicari é a declarada redução de tamanho dos motores, adotada por diversos fabricantes, com unidades de dois e três cilindros e a substituição de modelos V-6 e V-8 por quatro cilindros, todos com o auxílio do sistema de injeção direta e o uso de turbo. "O turbo é importante até para os carros híbridos, que deverão preceder os modelos elétricos a serem lançados no futuro", salientou.
PRODUÇÃO EM DOBRO
Os estudos da Honeywell confirmam a tendência demonstrada em Frankfurt e que, para atender às encomendas das montadoras, a produção de turbo irá dobrar nos próximos quatro anos, passando das 17 milhões de unidades registradas em 2009 para 35 milhões em 2015.
“Os estudos mostram que o crescimento será global, envolvendo a Europa, onde a sobrealimentação de motores predomina em comparação com o sistema de aspiração normal, e chegando aos Estados Unidos, que começam a mudar a tradicional preferência dos consumidores por grandes carros para modelos mais econômicos”, explica Vicari.
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