Não há dúvidas de que a indústria militar é uma das maiores incubadoras de tecnologia que o mundo já viu. Mas alguma daquelas traquitanas dos caças já está nos carros? A resposta é sim. Os head-up displays, são um exemplo.
Durante a Primeira Guerra Mundial os engenheiros aeronáuticos tiveram a ideia de combinar a iluminação elétrica com uma mira reflexiva para ajudar os pilotos a mirar as metralhadoras dos aviões. Os pilotos não precisariam mais mover a cabeça para usar as miras mecânicas ao disparar um tiro preciso. Na década de 1950 esses visores foram aprimorados para incluir as novas miras guiadas por radar, bem como informações básicas de voo, como altitude, velocidade do ar, bússola e horizonte artificial.
Em 1988 a General Motors foi a primeira fabricante a instalar um mostrador monocromático projetado no para-brisa (o head-up display) em um veículo civil, adicionando cores em 1998. Mais tarde a GM fez uma parceria com a Raytheon para oferecer um display com visão noturna em 2000 (tirado de linha em 2004). Outros fabricantes seguiram o mesmo caminho. A BMW foi o primeiro fabricante europeu a oferecer um HUD em 2003.
Ambas as empresas pareciam comprometidas com o HUD. Em 2010 a GM anunciou que estava trabalhando em um sistema que transforma a vista em um cenário de Tron (veja a foto abaixo), reunindo de um conjunto de sensores e câmeras, analisam a informação e projetam as imagens geradas por laser – delineando uma curva acentuada em um dia nebuloso. Esse sistema ainda não foi incorporado a um carro de produção.
O mais recente HUD em cores da BMW incorpora uma lâmina no para-brisa, onde uma imagem de alta resolução é projetada a partir de uma fonte de alta intensidade luminosa no painel. A luz se difunde através de um mostrador com transistor de película fina que é transferido para o para-brisa por espelhos. Normalmente o vidro convexo criaria uma imagem dupla, mas a adição da lâmina transparente elimina a distorção. A BMW diz que é semelhante ao sistema monocromático usado no caça Eurofighter Typhoon.
As duas empresas salientam a segurança de uso desse sistemas, considerando que o motorista não precisa desviar os olhos da pista para observar as condições da via e a possibilidade de associar funções auxiliares sobre o campo de visão. Naturalmente, é importante que haja uma combinação adequada de qualidade de imagem e qualidade de informações. Informações demais para o motorista teriam o efeito contrário, tornando os sistemas menos seguros.
Fonte: jalopnik
Disponível no(a):http://www.jalopnik.com.br
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