Quando ninguém mais esperava uma surpresa vinda de Sebastian Vettel, eis que o alemão faz mais uma daquelas. No primeiro GP da Índia, disputado no Buddh International Circuit, o alemão conseguiu um domínio inédito em sua carreira. Além da pole e da vitória, ele fez a melhor volta e liderou de ponta a ponta. A corrida perfeita, em suma. Nos termos da Fórmula 1, o Grand Chelem. E a volta mais rápida foi obtida na última delas neste domingo. Tudo isso aos 24 anos, três meses e 27 dias. Repito neste post, então, uma pergunta que faço há algum tempo: dá para duvidar da capacidade do piloto da RBR? Cada vez mais ele prova que não.
Bicampeão por antecipação, Vettel chegou a incríveis 374 pontos no campeonato. A meta do alemão agora é igualar o recorde de 13 vitórias em um ano, estabelecida por Michael Schumacher na Ferrari em 2004. Faltam apenas duas para a marca histórica e dois GPs para do fim do campeonato. Em Abu Dhabi, no fim de semana de 13 de novembro, o bicampeão antecipado pode igualar o recorde de mais poles em uma temporada: 13, obtido pelo inglês Nigel Mansell, então na Williams, em 1992. As corridas do piloto da RBR em 2011 têm sido momentos históricos. E a prova no circuito da Yas Marina, daqui a 15 dias, promete ser mais um deles.
Na briga pelo vice, Jenson Button está remando de braçada nesta temporada. Apesar de não conseguir ameaçar Vettel em Nova Déli, o inglês chegou em um tranquilo segundo lugar. Com 240 pontos, ele ampliou a vantagem para Fernando Alonso, terceiro no Mundial e na corrida deste domingo, para 13 pontos. Já Mark Webber, apesar da ajuda prometida pela RBR, não consegue se ajudar. O australiano não se entende com o carro e os pneus e sequer fica próximo do ritmo do companheiro. Para tentar o vice em 2011 e fechar o ano perfeito da equipe, só um milagre agora. Ele está 19 atrás do inglês da McLaren, com 50 apenas em disputa.
E quando a gente achou que a polêmica tinha sido encerrada, eis que ela ressurge com toda a força. Felipe Massa e Lewis Hamilton se estranharam mais uma vez na corrida deste domingo. Eles disputavam a quinta posição na 24ª volta, quando se tocaram na Curva 5. O inglês da McLaren teve a asa dianteira danificada na tentativa de ultrapassagem e o brasileiro da Ferrari acabou punido com um drive through (passagem pelos boxes) pelos comissários de prova. Para completar o dia ruim de Massa, ele ainda acertou uma “tartaruga”, obstáculo colocado após a zebra, teve a suspensão dianteira esquerda quebrada, em um incidente parecido com o do treino classificatório, e abandonou a prova. Hamilton, por sua vez, foi apenas o sétimo colocado.
A ironia maior é que, antes do GP da Índia, Hamilton e Massa estavam lado a lado no minuto de silêncio em homenagem às mortes de Dan Wheldon, na Fórmula Indy, e Marco Simoncelli, na MotoGP, ocorridas nos dois últimos fins de semana. Então, o piloto da McLaren abraçou o brasileiro e disse: “Boa sorte para a corrida”. Parecia, enfim, o fim dos entreveros. Nesta corrida, em especial, achei que o toque entre o brasileiro e o inglês foi um incidente de corrida. Mas não condeno a punição aplicada pelos comissários, que tinham o ex-piloto Johnny Herbert como consultor. É uma das interpretações possíveis para o incidente. E desta vez não achei que Hamilton estivesse errado. Ninguém queria ceder a posição e ambos jogaram bem duro para evitar isso.
Os outros brasileiros ficaram fora da zona de pontuação. Após uma boa largada, quando ganhou quatro posições, Bruno Senna, da Renault-Lotus, fez uma corrida segura, mesmo com problemas no Sistema de Recuperação de Energia Cinética (Kers). Mesmo assim, o brasileiro chegou apenas na 12ª posição, após precisar fazer um pit stop tardio para colocar os pneus duros, uma obrigatoriedade do regulamento. Ele acabou atrás do companheiro Vitaly Petrov. Já Rubens Barrichello, da Williams, após um acidente na largada, foi o 15º.
Fonte: voandobaixo
Disponível no(a):http://globoesporte.globo.com/platb/voandobaixo
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