O presidente do Grupo Maubisa, Maurílio Biagi Filho (foto), defendeu um novo modelo de desenvolvimento para o setor sucroenergético brasileiro. A afirmação foi feita durante o XIII Fórum Internacional sobre o Futuro do Etanol, realizado na última segunda-feira (29/08), em Sertãozinho (SP), evento que abriu oficialmente a 19a Fenasucro & Agrocana.
Biagi defendeu a mudança ao comentar afirmação, feita durante os debates, de que o setor sucroenergético estaria vivendo uma crise. Na ocasião ele analisou passado, presente e o futuro do segmento, e disse que o modelo de negócios atual está esgotado.
“Esgotou-se principalmente porque os preços do etanol romperam o ponto de equilíbrio econômico em relação ao preço da gasolina, a produção diminuiu frente a uma demanda potencial muito difícil de ser atendida, de tão grande que é. E é provável que o governo federal não autorize novo aumento do preço da gasolina que há cerca de sete anos não é reajustado na base. Vale lembrar que, nesse mesmo período, os custos de produção do etanol mais que dobraram. Precisamos definir um novo formato para o desenvolvimento do setor, e, ao mesmo tempo, realizar uma gestão política mais intensa no sentido de sensibilizar a presidenta Dilma Roussef para que o governo volte a enxergar o setor sucroenergético como uma prioridade”, afirma.
Ainda segundo Biagi, o caminho viável para o setor é a vinda de investimentos das grandes empresas internacionais do setor energético. “São empresas com grande volume de recursos que podem ser alocados a longo prazo, aqui no Brasil, e elas estão dispostas a fazê-lo. À medida que esses investimentos desembarquem por aqui, a tendência é de que a cadeia produtiva da cana-de-açúcar retome um ritmo mais intenso conforme suas possibilidades”, explica.
No cenário que Maurílio Biagi Filho projetou durante a palestra, grandes empresas nacionais do setor, como Petrobrás, Coopersucar, Cosan, ETH, dentre outras, que também possuem capacidade de disponibilizar recursos a longo prazo, fazem parte dessa onda de novos investimentos. “Para reequilibrar a produção o Brasil precisa de no mínimo cem novas destilarias, de grande e médio portes, no prazo de cinco a seis anos. O futuro do setor passa por esse equilíbrio e o investimento dessas empresas, na minha visão, é fundamental para suprir as atuais demandas do segmento sucroenergético”, conclui o empresário.
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