DeLorean DMC-12: a máquina do tempo no Brasil

Poucos carros estrelaram tantos posts aqui no Jalop. Já mostramos um seminovo à venda. Já fomos até a sede da empresa que tenta manter o mito vivo. Até já dirigimos a nova encarnação elétrica, realmente incrível. Mas você sabia que temos um DMC-12 novinho em folha aqui no Brasil?



A idéia de viajar no tempo é algo que instiga os pesquisadores e curiosos há séculos. A possibilidade de conhecer o passado ou futuro é tão complexa que envolve estudos minuciosos e teorias diversas. No cinema isso foi explorado em dezenas de produções, de comédias a filmes de terror.

O mais famoso deles, pelo menos para os apaixonados por carro, foi “De Volta para o Futuro”, que viria a se tornar uma trilogia de sucesso. No dia 26 de outubro de 1985 Marty McFly, personagem vivido por Michael J. Fox, embarcou em uma máquina do tempo criada pelo Dr. Emmett Brown (Christopher Lloyd) e voltou três décadas no passado.

A máquina em questão é um DeLorean DMC-12, que se tornaria o ícone da futura trilogia. O carro era movido a plutônio que basicamente se transformava em energia dentro de um capacitor de fluxo. Na noite da viagem terroristas líbios – certamente a mando de Kadaffi – tentam roubar o valioso plutônio.



Vinte e seis anos se passaram e recebi um telefonema falando de um exemplar que havia acabado de chegar dos EUA. Hum, interessante. Conversei com o proprietário e adiamos a data da matéria, por duas vezes. E por incrível que pareça, remarcamos exatamente no dia 26 de outubro!

Mas vamos aos fatos. O carro foi criado por John DeLorean, o pai dos muscle cars. Na década de 70 ele resolveu abrir sua empresa e chamou Giorgetto Giugiaro para desenhar algo moderno. O italiano aproveitou a deixa e fez algo bem marcante, com perfil em cunha, portas estilo asa de gaivota e persiana traseira.

O destaque vai para a carroceria, toda em aço inoxidável escovado, a pedido do megalomaníaco DeLorean. Uma verdadeira geladeira com motor e rodas. O acabamento não traz materiais nobres, mas é agradável aos olhos. Aliás, ele leva confortavelmente apenas duas pessoas. Uma coisa interessante é a ergonomia, que deixa o motorista em posição muito singular para as trocas de marcha.

Esse exemplar, em especial, foi restaurado pela própria DeLorean Motor Company, uma empresa que comprou a marca e está dando assistência total aos exemplares, em torno de 6.500, que foram produzidos. Eles planejam construir novas unidades com plaqueta e tudo mais em breve.

O carro da matéria, ano 1981, traz o motor V6, com 2,8 litros, mas agora equipado com o chamado estágio 2, desenvolvido pela atual administração, entregando 190 cv, bem mais interessante para um veículo de pretensões esportivas. A transmissão é manual de cinco velocidades e os amortecedores da Eibach.



Dirigir a máquina é o maior barato. A começar pelo fechamento das portas. No trânsito, a princípio, as pessoas não reparam (já que o prateado é cor reinante em São Paulo), mas logo olham de novo para garantir que não é uma miragem. No semáforo é possível perceber alguns celulares apontando em sua direção.



Havia ainda um capacitor de fluxo no porta-malas, que seria instalado essa semana com todas as luzes e efeitos do filme. Para a brincadeira ficar completa, só faltou encontrar uma reta para chegar aos 140 km/h (88 milhas). Mas demos um jeito mesmo assim. Vejo vocês no passado!

Fonte:jalopnik

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