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Friday, October 28, 2011

Teste: Yamaha XTZ 250 Ténéré quer dividir para conquistar

 Fotos: Pedro Paulo Figueiredo/CZN

Teste: Yamaha XTZ 250 Ténéré quer dividir para conquistar
Em um ano, XTZ 250 Ténéré expande bastante a participação da Yahama no segmento de trails



por Eduardo Rocha

Auto Press




Por mais barulhento e embrutecido que possa parecer, o mundo das motocicletas é cheio de sutilezas. Exemplo: Yamaha XTZ 250 Ténéré. A motocicleta é o que se convencionou chamar de trail, um modelo capaz de andar bem em trilhas de terra e também no asfalto. Exatamente o conceito da Lander XTZ 250. Motor, chassis, freios, pneus e painel das duas são idênticos.
Mudam o curso de suspensão, 2 cm mais curto em cada eixo, capacidade do tanque, elevado a 16 litros – 5 a mais – e, principalmente, o desenho externo. Essas mudanças fizeram a linha on-off da Yahama nada menos que dobrar as vendas nos últimos 12 meses – pulou da média de 700 unidades mensais até setembro de 2010 para quase 1.400 unidades atualmente. É como se o consumidor enxergasse a moto como um modelo totalmente novo.



A consagração da Ténérézinha tem uma explicação histórica. O nome, que significa “deserto” em árabe, começou a ser usado no início da década de 80. Entre 1983 e 1996, o modelo criou fama. Muito pela versão Super Ténéré, que participou e venceu uma edição do Rali Paris-Dakar e virou a big trail mais emblemática da época. Inclusive no Brasil, onde era vendida. Pela reação nas lojas, em que ela responde por 60% das vendas da linha XTZ, o motociclista brasileiro não tem memória tão curta. Claro que a presença na linha da marca dos modelos XT 660Z Ténéré e da XT 1200Z Super Ténéré também valorizam o modelo. A ponto de superar com facilidade o fato de custar 10% a mais que a Lander – essa custa R$ 11.700 contra R$ 12.900 daquela.







Mesmo que o propulsor das duas seja rigorosamente o mesmo. O motor é monocilíndrico, com comando simples no cabeçote e 249 cm³. Ele tem pistão forjado, camisa do cilindro em cerâmica e fornece 21 cv a 8 mil giros e  2,1 kgfm de torque a 6.500 rpm. O acionamento da roda traseira é através de corrente, coroa e pinhão. Os freios são a discos nas duas rodas. Todo o conjunto é montado em um chassi tubular de berço duplo. O conjunto, já bem testado também na YS 250 Fazer, é bem robusto.



Mas a base do sucesso da Ténéré é mesmo o apelo estético. As semelhanças com os modelos da “grife” off-road começam pela pintura e formato do tanque, alto e meio quadrado. O tanque, a carenagem dianteira com faróis duplos e o largo guidão conseguem “encorpar” visualmente a motocicleta da Yamaha. Só mesmo os pneus muito finos – 80 mm na frente e 120 mm atrás – criam um certo desequilíbrio visual e denunciam a baixa cilindrada do modelo. De qualquer forma, todo o visual remete ao modelo tradicional – e a identidade é ainda maior no modelo de cor branca e faixa vermelha, tradicional da marca.






Impressões ao pilotar



Desejo de grandeza




A proposta da Yamaha para a XTZ 250 Ténéré é que ela encare estradas, seja de terra, seja de asfalto, com doses equilibradas de conforto e resistência. Algo como uma big trail de pequeno porte. E, nesse caso, para trajetos não muito longos. Não é para cruzar continentes, atravessar desertos ou dar a volta ao mundo. É para ir até um balneário a 100 km de distância. Embora a Yamaha destaque que o tanque de 16 litros dá autonomia suficiente para encarar os mais de 400 km de uma Rio-São Paulo, cumprir esta tarefa exigiria muitas “paradas técnicas”. Em velocidade altas, o vento arrasta para longe boa parte do conforto.



A suspensão foi encurtada em relação à Lander para torná-la mais afeita a curvas de alta, comuns em rodovias. Mas, como foram apenas 2 cm – caiu de 240 mm na frente e 220 mm atrás para 220 e 200 mm, respectivamente –, ainda restou uma grande capacidade de absorção de choques de buracos, seja nas ruas das cidades, seja em trechos de terra. Na verdade, ficou até um pouco mais interessante para o uso urbano, pois ganhou uma certa firmeza que facilita as manobras.






A carenagem, apesar de bonita e imponente, tem pouco eficácia aerodinâmica, pois o vento ataca em cheio o capacete do piloto. Não deixa, no entanto, de valorizar a motocicleta que, para os padrões de rivais em cilindrada e preço, é bem luxuosa. Caso do painel, bem completinho: se compõe de um grande conta-giros analógico com várias luzes-espia e um display de cristal líquido com o velocímetro digital em números grandes e diversas outras informações em dígitos pequenos. Estão lá relógio, hodômetro total e dois parciais e indicador analógico, em barrinhas, do nível de combustível.



Vários outros pequenos detalhes reforçam a ideia de requinte e aproximam o modelo do conceito de uma big trail, pois ampliam o conforto. Caso do banco em duas alturas, das pegas para o carona e dos faróis duplos. O para-lama dianteiro próximo da roda reduz consideravelmente os ruídos aerodinâmicos em velocidades mais altas, como as praticadas em estrada. Mas a potência do motor não tem mágica. Resultado: a 250 Ténéré realmente fica muito mais à vontade dentro da cidade.







Ficha técnica




Yamaha XTZ 250 Ténéré



Motor: A gasolina, quatro tempos, 250 cm³, monocinlíndrico, duas válvulas por cilindro e comando simples no cabeçote. Injeção eletrônica multiponto sequencial e refrigeração a ar.

Câmbio: Manual de cinco marchas à frente com transmissão por corrente.

Potência máxima: 21 cv a 8 mil rpm.

Torque máximo: 2,1 kgfm a 6.500 rpm

Diâmetro e curso: 74,0 mm X 58,0 mm. Taxa de compressão: 9,8:1.

Suspensão: Dianteira com garfo telescópico com 220 mm de curso. Traseira monoamortecida com link e curso de 200 mm.

Pneus: 80/90 R21 na frente e 120/80 R18 atrás.

Freios: Discos simples na dianteira e na traseira.

Dimensões: 2,12 metros de comprimento total, 0,83 m de largura, 1,37 m de altura, 1,38 m de distância entre-eixos e 0,86 m de altura do assento.

Peso: 137 kg.

Tanque do combustível: 16 litros.

Produção: Manaus, Amazonas.

Preço: R$ 12.900.

























Fonte: motordream

Disponível no(a):http://motordream.uol.com.br

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