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Tuesday, October 25, 2011

‘New York, New York…’por Rafael Lopes

New York Skyline
E a Fórmula 1 finalmente vai realizar um dos mais antigos desejos de Bernie Ecclestone, chefe comercial da categoria: uma corrida nos arredores de Nova York, a “Grande Maçã”, mais precisamente nas ruas da West New York, em Nova Jersey, do outro lado do famoso Rio Hudson, no Grande Prêmio da América. O acordo, anunciado nesta terça-feira em Weehawken, nos Estados Unidos, começa a valer na temporada de 2013 e será realizado por um consórcio de investidores particulares com o apoio dos governos municipal e estadual, sem dinheiro público, entretanto. A expectativa dos políticos locais é de que a corrida movimente a economia.





De fato, o evento tem tudo para dar certo. O traçado urbano anunciado parece ter bons atrativos esportivos – é bastante parecido com o conceito do circuito de Montreal, no Canadá – e tem uma vista incrível, para os prédios de Manhattan. Os trechos do circuito incluem avenidas com quatro pistas, alguns parques cheios de verde e grandes diferenças de elevação, de até 120 metros de altura. Longas retas e algumas curvas desafiadoras estão no projeto, que não deve custar muito. Além da montagem das barreiras de contenção e das arquibancadas provisórias, a única estrutura que precisará ser construída será a área de boxes e paddock.



Em matéria de acesso, a área também é bem coberta: a chegada promete ser fácil e os hoteis de Nova York deverão lucrar com o evento. Seria a segunda corrida nos Estados Unidos: em 2012, a pista de Austin, no Texas, será inaugurada. Entretanto, o evento urbano em Nova Jersey promete ser a tão sonhada reentrada da Fórmula 1 no mercado americano. Tudo porque o nordeste do país ainda não foi dominado pela Nascar, que está mais concentrada nos ovais das regiões sul e central. Com a presença de muitos estrangeiros na “Grande Maçã”, o evento pode se tornar referência em marketing, parecido com o que aconteceu em Cingapura.



Apesar do momento econômico dos Estados Unidos não ser dos melhores, a corrida tem tudo para dar certo. Para a Fórmula 1, o timing é perfeito: as corridas de monopostos não vivem um bom momento no país, com a Fórmula Indy vivendo uma crise com falta de público há alguns anos. Se os eventos em Nova Jersey (cujo acordo deve durar dez anos) e Austin funcionarem, a categoria pode ocupar um nicho interessante no mercado americano. Só não dá para querer bater de frente com a Nascar. A prova de 2012 será disputada entre 16 e 18 de novembro, mesmo fim de semana da corrida decisiva do Chase, em Homestead, na Flórida. Além disso, a etapa do Texas da Sprint Cup está marcada para 4 de novembro. Ou seja, não é um bom cenário para a F-1.



Não custava nada para os dirigentes da Fórmula 1 terem dado uma olhada no calendário da Nascar, não é mesmo? Ainda assim, acho que a corrida em Austin, dependendo do preço dos ingressos, é claro, pode ser bem-sucedida no primeiro ano, principalmente pelo ineditismo da prova e do circuito. Com um evento bem realizado e produzido, especialidade americana, diga-se de passagem, isso pode ser potencializado. Para 2013, o cenário é melhor: os eventos no Texas e em Nova Jersey podem se ajudar. Além disso, o GP próximo a Nova York seria realizado em uma data próxima ao de Montreal, no meio da temporada. Uma data ótima, por sinal, porque não bate com nenhum outro grande evento. O potencial de exposição, ou seja, é ótimo.



Eu, pessoalmente, torço para a corrida em Nova Jersey dar certo. O evento teria o charme que nenhuma das corridas do novo mundo da Fórmula 1 – leia-se Coreia do Sul, Bahrein e Índia, entre outros – não têm. Fora que o mercado americano é importante para a categoria. Poderá ser um golpe de mestre de Bernie Ecclestone.

Fonte: voandobaixo

Disponível no(a):http://globoesporte.globo.com/platb/voandobaixo/

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