tattoos

Thursday, October 27, 2011

Férias inesquecíveis de brasileiros em Nürburgring



Barzinho, balada, amigos, farra, bagunça… reunir os amigos é sempre motivo de festa. Seja para comer um cachorro quente na esquina ou para uma bela viagem a um dos paraísos automotivos para guiar ao lado de Porsches, Ferraris, Astons, Lambos…



A idéia surgiu de um propósito. Rafael Gobor prometeu-se algum dia de sua vida que aos 22 anos de idade conheceria Nürburgring. E cumpriu a promessa dentro do prazo.

Este ano Rafa completou seus 22 anos. Em uma brincadeira de kart com a galera do RacingArt  a idéia foi lembrada. Logo Plautos, um dos amigos de fórum e track days, adiantou que topava sem pensar duas vezes. Rafa espalhou o convite por alguns fóruns automotivos que frequenta e aos poucos foi angariando mais companhia para uma viagem que prometia muita diversão. O gearhead Márcio apareceu assim.



“Em agosto as passagens estão mais baratas” – constaram eles em suas inúmeras visitas aos sites das companias aéreas. Com a data praticamente definida, muitos dos que haviam se animado acabaram desistindo, mas outros dois confirmaram presença: Álvaro e seu pai.

Carro alugado para circular pela Alemanha, hotel reservado… tudo dentro dos conformes, agora era hora de definir a parte principal da brincadeira: Qual carro escolher para arrepiar no inferno verde?

Rafa, Márcio e Plautos escolheram um Clio Cup (200 cv, suspensão Bilstein, freios Brembo…), mas Plautos elevou o nível da brincadeira ao mudar para um Megane R26R com direção à direita – novidade para ele. Álvaro e se pai foram sem qualquer reserva. “Chegando lá a gente vê o que arranjamos”, afinal eram férias. Tudo curtição.

Sexta-feira – o embarque

Embarque dia 11/08, chegada dia 12/08. No pátio da locadora, uma agradável surpresa. O carro reservado para desbravar a Alemanha era uma enorme Mercedes Viano de oito lugares. Primeiro passo, adesivar o carro com a vistoria do RacingArt Racing Day. Os primeiros 1.700 km foram de pura frustração e tiração de sarro. O GPS daquela joça só falava em alemão e ninguém alí entendia lhufas. Clica de lá, clica de cá até que conseguiram configurar o GPS para falar português – de Portugal, ora pois – rumo ao hotel em Frankfurt para descansar.



Sábado – dia de pista

O café da manhã foi reforçado e ágil. Todos ali ansiosos por afundar o pé direito nas terras sagradas de Nür. A Mercedes Viano literalmente voou em direção ao autódromo com picos de 210 km/h nas autobahns alemãs. A pressa só acabou num longo engarrafamento na entrada de Nür, por causa de um evento. A chegada à RSR demorou, mas foi um verdadeiro deleite: Ferrari, M3, Clio e Megane esportivos, Exige… todos à disposição (do bolso) para pilotar.



O briefing era claro: evitem bater e dirijam com cautela. Por mais contraditório que possa parecer, é real. Nür é praticamente uma pista livre. Carros de todos os modelos correm livremente, basta pagar, mas o custo de uma batida seria de estragar qualquer viagem.



Como chegaram cedo demais, os meninos foram dar uma volta na pequena cidade de Nurburg, almoçaram e voltaram à sede da locadora. Plautos pegou seu Clio Cup e fez com que Álvaro e seu pai se animassem a pegar outro e cair na pista também. Ao tentar montar pequenas câmeras, foram informados que na pista não são permitidas filmagens, mas brasileiro sempre dá um jeitinho. Lá também encontraram mais dois amigos que se juntaram à eles na viagem.



Como o aluguel de alguns deles era só para o dia seguinte, o jeito foi rodar de carona com os que estavam na pista. “Mesmo de carona a sensação de entrar ali é inexplicável. Pra quem estava acostumado com tudo aquilo na tela do Gran Turismo, é outra realidade. O asfalto, as elevações, os pontos cegos, a proximidade do traçado com o guardrail… demais!!! Quilometros passando e cada vez me surpreendendo mais… eu estava lá, como havia prometido há anos atrás…” – lembra Rafa Gobor ao ver parte de seu sonho realizar-se.



Foram apenas seis voltas por toda a extensão de Nür que para Plautos, Álvaro e seu pai percebessem que valera muito a pena! Plautos conta como foi:





Muito legais os carros da RSR, os Clios são os modelos Cup e RS. O chão do carro é ótimo, mas apesar de ter um motor de 200cv, ainda é um Clio. Trocas de marchas borrachudas, o espaço dos pedais não ajudam numa tocada esportiva, mas de qualquer forma valeu a experiência. Foi um ótimo carro para a minha primeira vez. Aproveitando bem a pista em alguns momentos é possível colocar a sexta marcha, e outra, tem um motor aspirado que gira 7.000 rpm. Obviamente sempre andamos com o giro lá em cima.

Agora a pista… que não é pista… mas sim uma estrada.

As regras do transito valem lá dentro também. Ultrapassagens são somente pela esquerda, então se tem alguém na sua frente mais devagar, pise no freio e espere ele deixar te passar. Em uma oportunidade ultrapassei meu amigo Márcio pela direita e quase fui castrado, crucificado, queimado… por um instante achei que eles iriam declarar guerra ao Brasil, mas eu disse que era Argentino (risos).

A pista molhada é um sabão! Andei no sábado com ela úmida, naquele chove e não molha e é impressionante como fica lisa. não é a toa que a galera se esborracha.

Quanto às curvas, 80% delas são em pontos cegos, então faltou coragem para aproveitar 100% do carro em pista. Os pulos e a puxadas são muito legais. Quantos aos acidentes, não querendo ser critico mas já sendo, tem muito barbeiro daquele lado do oceano. Ví cada coisa… e o pior é que esses caras entram no ring para acelerar, então cruze os pontos e deduza o que acontece: no seco ou no molhado, não importa, porrão toda a hora. Fique esperto para você não ser parte do strike.

As motos são as piores companhias. Esses caras não tem noção de espaço. Aconteceu comigo de um biker me dar passagem e o maldito me fechou logo em seguida, me fazendo subir na zebra. Só me restou ter paciência e gritar: Argentina!!!

Não é uma pista muito técnica, teoricamente ela é fácil. O que mata são os pontos cegos e a incerteza do que você esta fazendo. Um vacilo, pisar no freio na hora errada é sinônimo de problema. Nos carros que alugamos foi tudo tranqüilo. Fazíamos a anarquia que fosse e eles resistiam, agora numa supermáquina a historia muda.

Recomendo o passeio. Quem tem condição, vá e aproveite! Vale a pena, mas lembre-se: não vá com a cabeça de track day. A primeira coisa que eles falam quando te entregam o carro é “não corra”. Meio contraditório mas compreensível, afinal, é uma estrada com todo tipo de gente.


Ao final do dia, carro entregue, era hora de voltar ao hotel. Quarenta quilômetros de estrada pela frente até Bad Münstereifel, onde uma cama aconchegante esperava por eles com muitas histórias, dicas e planos para o dia seguinte. A torcida era que a chuva parasse durante o domingo, para que pudesse aproveitar a pista ao máximo.

 Agora era hora de dormir. Depois tem mais. Em outros posts.

Fonte: jalopnik

Disponível no(a):http://www.jalopnik.com.br

No comments:

Post a Comment

 

blogger templates | Blogger