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Friday, September 9, 2011

Parou por quê?









Mário Curcio
Via: www.automotivebusiness.com.br




Assim como os navios percorrem uma grande distância após ter seus motores desacelerados, as medidas macroprudenciais adotadas em dezembro demoraram a surtir efeito, mas tiraram o embalo da demanda e ficaram bem evidentes em agosto. As montadoras viram crescer seus estoques e agora usam férias coletivas ou pontes entre feriados para evitar que eles continuem subindo.

Na manhã desta terça-feira, 8, em entrevista coletiva, o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Cledorvino Belini, considerou como normal a situação, que teria por objetivo apenas o ajuste dos estoques.

No mês passado a General Motors concedeu férias coletivas (entre 22/8 e 5/9) a 300 empregados em sua unidade de São José dos Campos (SP). A fábrica da Ford de Camaçari (BA), onde são feitos o Fiesta e o EcoSport, ficará praticamente um mês sem produzir, de 12 de setembro a 7 de outubro.

Na unidade de Taubaté desta montadora haverá férias coletivas de dez dias para 1.300 dos 1.600 funcionários da unidade de motores e transmissões. Em São Bernardo do Campo, segundo o sindicato local, os trabalhadores da Ford emendaram toda esta semana em razão do feriado.

O período de 5 a 9 de setembro também foi perdido para a produção da Volkswagen de São José dos Pinhais (PR). Assim como a Ford do ABC, a unidade VW paranaense também usou o feriado de 7 de setembro como ponte para os dois dias anteriores e posteriores a ele.

Na unidade de São Bernardo do Campo, segundo o sindicato local, parte dos trabalhadores da montadora emendou a folga de segunda a quarta-feira e parte de quarta a sexta-feira.

Na unidade de Taubaté, trabalhadores da montadora de origem alemã teriam lançado mão do banco de horas para tirar folgas nesta semana, de acordo com o sindicato local.

Em Betim (MG), os trabalhadores da Fiat emendaram o feriado da Independência e voltaram nesta quinta-feira. A justificativa seria uma parada técnica. A montadora nega o desaquecimento nas vendas, mas admite que a ponte do feriado ajuda a ajustar os estoques, que estavam em 22 mil unidades no início da semana.

Autopeças já refletem situação

Também por estoques em alta, alguns fabricantes de componentes automotivos põem o pé no freio. Um deles é a Trelleborg, de São José dos Campos. A empresa concedeu férias coletivas no dia 1º deste mês. Os trabalhadores voltam segunda-feira, dia 12.

Na Autometal, que fabrica itens para freios em Taubaté, os metalúrgicos vão parar entre os dias 12 de setembro e 11 de outubro. Também nesta região, a Racing Automotive concede descanso coletivo entre os dias 19 e 30 de setembro.

A Toyota de Indaiatuba (SP) vive um momento diferente. Segundo informações do Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região, os trabalhadores vêm fazendo horas extras para compensar o período em que reduziram a produção por falta de peças provenientes do Japão (afetado por terremoto seguido de tsunami em março).

O mesmo sindicato informa que a produção da Honda em Sumaré (SP) ocorre normalmente.

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