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Saturday, September 24, 2011

NISSAN MARCH CHEGA POR R$ 27.790 - VEJA O TESTE

De olho numa grossa fatia do mercado brasileiro – a de carros abaixo dos R$ 30 mil, a Nissan incluiu o país numa grande manobra mundial. O pequeno March, conhecido como Micra em alguns mercados, se tornou o primeiro carro realmente global da marca e chega às concessionárias ainda em outubro. O modelo ganhou uma nova geração – a quarta – e a missão de fazer sucesso em mercados tão diferentes quanto o europeu e o brasileiro. A estratégia é se inserir na faixa dominada pelos nacionais Volkswagen Gol e Fiat Palio e resultou numa mudança na imagem da marca, que até agora tinha no apagado Tiida sedã o seu carro mais barato. O March, assim como o Tiida, vem da fábrica da marca em Aguascalientes, no México, e se livra do recente aumento do IPI para carros importados. E a expectativa da Nissan com sua novidade é alta. A partir de maio de 2012, ou seja, daqui a oito meses, pretende vender de 4 mil a 5 mil unidades mensais do compacto.

Para o mercado nacional, o March virá equipado com duas opções de motor. O 1.0 16V flex de 74 cv com etanol, usado pela Renault no Clio, Logan e Sandero, e o 1.6 16V de 111 cv e 15,1 kgfm de torque, semelhante ao utilizado na minivan Livina. A versão básica com motor mais fraco traz poucos equipamentos de série, mas inclui bolsas infláveis frontais. A Nissan disponibiliza ainda dois pacotes de opcionais para o 1.0, que incluem equipamentos de conforto como ar-condicionado. Acima dele, a versão 1.0 S traz de série equipamentos opcionais na versão básica, como ar e direção elétrica, além de vidros elétricos nas quatro portas. O motor 1.6 só é oferecido a partir do nível S de acabamento, e segue para a 1.6 SV, que adiciona rodas de liga leve e sistema de som com entradas USB e auxiliar. Além deles, a Nissan propõe uma versão topo chamada SR, com o mesmo pacote da SV acrescido de um visual esportivo, evidenciado por saias laterais e spoiler traseiro.

Os preços ainda não foram confirmados pela marca, mas a versão mais simples com motor 1.0 começa em R$ 27.790, sem opcionais. As vendas começam logo após o lançamento, em outubro. A versão 1.0S tem o preço de R$ 33.390 com ar-condicionado, direção, travas e vidros elétricos. A 1.6S tem o mesmo pacote por R$ 2,5 mil a mais. A mais luxuosa SV adiciona rodas de 15 polegadas em liga leve e comando das travas à distância, além do sistema de som, e o preço encosta nos R$ 37.990 mil. A topo de linha SR completa a gama por R$ 39.990.

A atual geração do March foi lançada em março de 2010 e surpreendeu pelo design bem mais “despojado” que o antecessor. A antiga geração do modelo, lançada em 2002, ficou conhecida pelo estilo incomum, com janelas grandes e arredondadas que dividiam as opiniões. Agora, em sua fase global, o March foi suavizado para garantir maior aceitação em mais e diversificados mercados. O design manteve as formas arredondadas, mas a curva da coluna traseira ficou bem menos acentuada e os faróis no alto do capô do antigo March assumiram uma posição mais baixa. O carro fez sua primeira aparição no Brasil ainda no último Salão de São Paulo, em outubro de 2010, e desde então a marca prepara o terreno para a chegada do modelo por aqui.

A Nissan quer usar a experiência adquirida no mercado brasileiro desde que chegou com o Sentra, também trazido do México, para se lançar em um mercado de grande volume, como o de compactos de entrada. A estratégia, nesses casos, é não polemizar. Ao contrário das recentes e agressivas ações de marketing – para a pouco vendida pick-up Frontier, em que nada tinha a perder –, em relação ao March, a marca deverá assumir um postura mais integrada e tentar destacar as possíveis qualidades do produto.

Pequeno e provocativo

San Diego/Estados Unidos - O circuito escolhido pela Nissan para apresentar o March foram as ruas e estradas na periferia da cidade de San Diego, ao Sul da Califórnia, junto à fronteira com o México - onde o modelo é produzido, na fábrica de Aguascalientes. A única versão disponível para o teste era a 1.0 S com o chamado "Pacote Conforto", que inclui ar-condicionado, direção elétrica, desembaçador dos vidros traseiros e trio elétrico - além do duplo airbag, que é de série em todas as versões. O preço dessa versão, segundo a Nissan, será R$ 33.390. A opção pelo motor 1.6 mexicano de 111 cv acresceria R$ 2.500 ao preço.

Ao entrar, logo se percebe que o padrão de acabamento não faz feio em relação à concorrência. Os revestimentos são simples, mas de bom gosto, agradáveis ao toque e as padronagens harmoniosas, sem exageros. As peças plásticas do habitáculo não revelaram rebarbas. Os bancos são confortáveis, têm ajuste de altura e abas laterais que ajudam a manter o corpo do motorista na posição correta nas curvas. A visibilidade frontal é bastante boa e a retrovisão também não deixa a desejar, favorecida pelos amplos espelhos.

Ao começar a rodar, logo é possível notar que a direção elétrica é bastante eficiente, confortável e precisa. Isso ajuda mantém a sensação de que o carro está "na mão". O câmbio manual também tem bom curso e engates precisos, o que facilitam a interatividade com o propulsor. O motor 1.0 Flex de 74 cv, produzido na fábrica conjunta com a Renault em São José dos Pinhais, dá conta do recado e consegue fazer o pequeno Nissan se deslocar com alguma desenvoltura. É possível manter uma velocidade de cruzeiro de 120 km/h com o carro aos 4 mil giros. Acima disso, as acelerações demoram a acontecer e o nível de ruído se eleva acima do agradável. A suspensão tem curso curto, o que compromete um pouco o conforto nos pisos irregulares, mas contribui positivamente em termos de estabilidade nas curvas. O ângulo de giro é bom e facilita bastante as manobras de estacionamento.

Como é um carro alto para a sua largura, as cabeças dos ocupantes naturalmente tendem a oscilar nas curvas mais velozes, mas nada que chegue a incomodar. Os freios são hiperassistidos - e têm curso bem curto. Mas, depois que o motorista domina a "sutileza" dos freios, eles se mostram bem efetivos, apesar da ausência de ABS, que estranhamente não é oferecido nem como opcional - a Nissan prometeu que passará a oferecer o sistema antitravamento dos freios só em 2012.

O novo compacto da Nissan pode não ter nada de realmente excepcional, mas também não perde de muito para nenhum dos concorrentes. Tem a seu favor o fato de ostentar uma plataforma nova e global. E ainda deve gerar outros produtos - inclusive o que saírá da nova fábrica que a Nissan vai construir no Brasil, com capacidade para 200 mil veículos/ano e em local ainda não confirmado. A previsão de vendas do March - entre 4 mil a 5 mil unidades mensais em maio do ano que vem –, mostra que a Nissan deposita grandes esperanças no pequeno hatch.


Por Auto Press

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